sábado, 31 de outubro de 2009

Comunidades Quilombolas Coluna-MG

O Brasil é uma nação de todos os povos, o país das diversidades.

Muitos hábitos e costumes vieram por meio dos povos que romperam as fronteiras para chegarem até aqui, e dos que foram extraídos involuntariamente de sua pátria. Através dessa mistura de raça, cor e religiosidade, construiu-se um novo modo de ser, gerando assim, o consenso de pluralidades.

Qual brasileiro não comeu feijoada, ouviu o ressoar dos tambores, os diversos ritmos musicais, a utilização dos brincos e colares, o hábito de tomar banho todos os dias, comeu canjica, tapioca, usou perfumes e tantos mais, mesmo tendo hábitos urbanizados?

Todas essas características imputadas, contribuíram para o novo jeito de ser, desenvolvendo a criatividade, a solidariedade, o jeito de enfrentar os desafios, formando a identidade brasileira.

São ricas e valiosas as manifestações culturais.Impossível declarar-se brasileiro
ou até mesmo cidadão, sem que se possa compreender e respeitar a igualdade de direitos.

No Brasil os quilombos surgiram através de comunidades autônomas de negros refugiados, que viviam sob o regime de escravidão.

Dedicavam-se à economia de subsistência, em algumas ocasiões, ao comercio e existiram, praticamente, em todo o pais.

De acordo com a Associação Brasileira de Antropologia (ABA ), os quilombos não são grupos isolados ou uma população homogênea em sua composição racial,ou seja, a raça negra da população não pode ser utilizada como único critério para a definição desse grupo étnico; também esses grupos nem sempre são descendentes de escravos fugidos, mas “(...). consistem em grupos que desenvolveram práticas cotidianas de resistência na manutenção e reprodução de seus modos de vida característicos e na consolidação de um território próprio “ (O´Dwyer )

As comunidades quilombolas organizadas são beneficiadas pelos programas sociais, como forma de garantia de acesso às políticas e serviços públicos, ampliando seus direitos. Estão inseridas no Programa Brasil Quilombola ( PBQ), com os benefícios: Regularização Fundiária, Programa de Aquisição de Alimentos provenientes da Agricultura Familiar –PAA ; Bolsa Família, Saúde da Família e Saúde Bucal, Distribuição de Cestas de Alimentos e Centro de Referência em Assistência Social....

No município de Coluna, as comunidades Quilombolas do Frutuoso e Suaçui possuem uma rica história e tradição.

Estas comunidades, com o apoio da EMATER , formaram as associações, entrando com pedido de auto titulação de comunidades quilombolas junto à Fundação Palmares.


A EMATER, juntamente com a Prefeitura Municipal, contando com a participação do Sindicato e do CMDRS realizam ações de incentivos e apoio às comunidades quilombolas.

A participação, organização e fortalecimento da atuação comunitária, facilita a obtenção de apoio do poder público e aumentam as oportunidades de desenvolvimento local.

Joel Lima da Fonseca
Coluna-MG

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Àgua o nosso precioso colírio

Qual precioso colírio,
de tamanha transparência.
Mostra a realidade sofrida,
da vida farta, que falta a vida.
Avidamente espera a população
pelas gotas d’água que se formam através do orvalho, que se confundem
às vezes, com as propias lágrimas que saem de um olhar profundo.
Para ajuntarem-se e umedecer-lhes a garganta.
Nuvens escuras, e os brados fortes dos trovões
apressam as panelas e bacias debaixo dos telhados,
poucos são os utensílios para fazerem os cozinhados,
e apanharem as águas que ainda continuam escorrendo através
das velhas telhas.
Agora são os olhares que vão acompanhando a correnteza, das águas
que vão embora apressadas, se despedindo dos últimos instantes da partida,
assim como fazem os velhos e grandes amigos.
Ainda restam vasilhas cheias d água
Não se pode gastar tudo, apenas uma porção, menos do que o necessário.
A cacimba fica ao longe, amanha ninguém trabalha é dia de feriado.
Rostos intemperizados, com sulcos pronunciados na pele ressequida,
São desenhados as rugas festivas, inundadas de cantorias, cores danças e os sabores das celebrações e comemorações fraternas.
Já se passaram os feriados, acabou a animada festa do rosário,
Restaram-lhes apenas o orvalho
E os olhos d´agua.

Joel Lima da Fonseca
Coluna-MG

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Nossos Ìdolos

Liberdade de expressão, sentimento que tem causado conflitos entre pessoas e até mesmo entre gerações.

Definir a liberdade de expressão seria uma tentativa ao seu confinamento, ainda que pudesse repousá-la num espaço bem amplo. Seria percorrer os oceanos, mergulhar em suas profundezas para extrair uma gotícula de água.

Afinal quem são os nossos ídolos?
Nos momentos marcantes de nossas vidas, a presença dos nossos pais ou educadores acompanharam a nossa infância. Foram eles os nossos verdadeiros heróis, mas o tempo nos parecia cruel, principalmente quando nos diziam que homem não chora e nos momentos difíceis, nada adiantariam os dribles. Os disfarces das preocupações e inquietação, denunciavam as lágrimas ocultas.

Sendo os heróis imortais, assim também deveriam ser os nossos pais, super-estrelas , e nenhuma outra estrela poderia ofuscar os nossos olhos. Sem percebermos as fragilidades da natureza humana, numa ocasião encontrando-os vulneráveis , parecia-nos a violação de uma imagem imbatível, acreditávamos que nunca poderiam errar.

É pecaminoso quando os pais fogem às responsabilidades, agem de forma intempestiva, ferem os princípios morais por causa de interesses ,vantagens pessoal.

Os problemas familiares praticamente são inevitáveis. ainda que às estruturas estejam um pouco abaladas, torna-se necessário maior empenho para os bons relacionamentos, maior abertura ao diálogo, esforços mútuos, responsáveis pela realização do equilíbrio e do crescimento de seus membros, principalmente um ambiente propicio ao desenvolvimento das crianças, onde possam desenvolver a compreensão, amadurecimento, através do convívio com a realidade da vida, assim como os estágios das borboletas, nos seus instares larval, até a fase adulta.

Normalmente as pessoas que não se sentem realizadas estão sempre justificando os seus problemas , carregam estas muletas, toda a sua vida, gastando mais tempo nos seus problemas, se desculpando, sem buscar novas tentativas para resolvê-los.

O fato de sempre estarem afirmando que não há solução para os seus problemas, de uma certa forma estão realizando alguma ação, mas de forma negativa. Acabam gastando maiores quantidades de energia, realizando maiores esforços tentando se justificar.

Adotando as muletas, estão deixando as pernas atrofiadas, limitando a sua capacidade, não se arriscam, e nem conseguem ir muito longe. Estão sempre esperando que sejam carregadas.

Os que reconhecem ou admitem os seus verdadeiros problemas se esforçam, arrastan-do-se com todas as forças, para sair do comodismo, superam dificuldades, realizam conquistas.

A acomodação nos faz apontar o tempo todo para os erros dos outros. Os nossos‘’concorrentes’’ tornan-se nossos rivais de tal forma, que preferíamos que ficassem cegos, ou pelo o menos acreditassem que fossem cegos. Assim sentiríamos como os reis, que possuem estrabismo nos olhos, e se sentem capazes de enxergar melhor do que todo mundo, sem que pudessem buscar a realização da própia cura, e assim obter os olhos sadios, para uma nova visão das coisas, novas experiências, para a realização do sucesso.

A ganância, o egoísmo, a concorrência desleal coloca em riscos a nossa própia sorte, impedindo-nos de enxergar mais longe. Desta forma, antes de tentarmos prejudicar as pessoas que realmente seguem o seu caminho, buscam e querem chegar aos seus ideais, estaremos colocando maiores obstáculos as nossas vidas, nos aprisionando em nós mesmos.

O atleta Oscar shimidt tornou-se um dos mais importantes símbolos do esportismo do basquete brasileiro. Chegou à fama, praticando incessantemente os arremessos de bolas. Muitas delas fugiam do seu controle, mas foi aprendendo com os propios erros, dos adversários, principalmente os acertos, superando-os sem que pudesse haver motivo para discórdias, intrigas, disputas desleais. Algumas faltas ocorridas lhes foram tolerantes, desculpáveis.

Temos muitas inspirações relacionadas às pessoas vencedoras, os grandes homens só poderão ser destaques em nossas vidas, quando estes puderam abrir caminhos para que outros pudessem seguir os seus exemplos de luta e coragem, levando-nos à acreditar que é possível vencer também os nossos desafios.

As habilidades dos famosos não podem suprimir a capacidade das outras pessoas, tornarem-nas pequenas, para se fazerem gigantes.

Há muitos jogos de interesses vindos de uma grande maioria de celebridades que surgem praticamente ao acaso. São promovidas e impulsionadas pelas ondas de propagandas. Elas sugam-nos todas as energias, querem os nossos sacrifícios, mudam o comportamento de nossas vidas e saem como heróis, enquanto as normas destes jogos são ditados à população, que os seguem incondicionalmente.

Os movimentos sociais, as assinaturas de manifestação de apoio às mudanças, as reivindicações, que traduzem na valorização e a promoção humana, possuem menos seguidores voluntários, do que os adeptos que fazem de tudo , formam clubes, manifestos, outros sob uma forma mais oculta e se esquecem de si, para viver uma realidade alheia a dos ídolos ou heróis fantasiados.

Importante o respeito,à admiração, a apreciação destes talentos , mas se o ‘’beberem’’, façam com moderação.

Joel Lima da Fonseca

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O começo e o fim

Muitas vezes torna-se dificil a realização dos desafios, quando nos parecem impossíveis, o fato de o imaginarmos bem distantes da nossa capacidade, ou da realidade.
Muito fácil criarmos um herói, ou o tomarmos emprestados do cinema, da TV, para alimentarmos e revestir de uma consciência sobre a existência de nossa capacidade, ao menos no campo virtual.
Talvez por esta razão esses herois sejam imortais, vencem a todos os desafios, sem passar por um processo de crescimento, amadurecimento e evolução, são meramente pré fabricados, ou quem sabe um protótipo, para aqueles que ainda não construiram os seus ''castelos''.

sábado, 3 de outubro de 2009

O ELO COM A NATUREZA

A questão ambiental a alguns anos atrás foi fortemente defendida de forma romantica. Numerosas frases, dizeres,eram praticados constantemente pela população. Quando havia a pronuncia, salve o verde, preserve a natureza, todos sabiam que era um apelo, o homem resgatando o elo com a natureza, muito mais por causa do belo, a paisagem. Via-se a fragilidade da natureza, por isso seria preciso salva-la.
Em pleno século 21 os termômetros naturais, acusam o que os ambientalisata mais atenciosos diziam: A vida no planeta correrá grandes perigos se continurem as devastações e a destruição do meio ambiente.
Somente hoje as pessoas estão acordando de um sono bastante profundo, começam a perceber que nesta disputa de forças que separa o elo do homem com a natureza, somos os seres mais frágeis, porem não podemos mais sentirmos chamados para salvar a natureza, pois ja estamos convocados.