domingo, 25 de abril de 2010

UMA BONITA ARAPUCA

A arapuca é uma engenhoca bastante milenar, possui a característica de uma tamanha sutileza ao aprisionamento de muitos pássaros. Tudo funciona na mais perfeita das intenções; de um lado a paciência do caçador que se prepara e fica a espera de suas presas, do outro à atração da caça pela comida que por ignorarem o perigo, seja por uma questão da fome ou necessidades, curiosidades, gula ou ingenuidade, acabam por caírem nas garras da prisão.

Há quem sempre anda a procura de fortes emoções, dos excessos da adrenalina em aventuras perigosas, que quase sempre fazem muitas vitimas. Podendo ocorrer também com a mesma intensidade do perigo, àqueles que vivem sob as grandes acomodações.

Ao colocarmos muitos obstáculos em nossas vidas, teremos sempre justificativas para não obtermos as inovações. Dizia o poeta, ‘’Navegar é preciso’, sendo necessário que exista a coragem, a necessidade de arriscarem-se, para buscar novas alternativas, novos horizontes.

Se os pássaros emigratórios não ousassem enfrentar os grandes desafios em suas viagens, ficariam confinados em um ambiente, passando pelas intempéries e adversidades em certos períodos e estações do ano, caso não o dessem crédito à sua capacidade de poder voar mais alto e mais distante, em busca de novas e importantes conquistas.

Certa vez, um destes pássaros resolveu realizar algumas vantagens, tentando poupar alguns esforços numa longa viagem, que sempre fazia todos os anos para cruzar os oceanos. Ao iniciar a partida para a longa viagem, pousou sobre o mastro de um grande barco a vela que percorria o mundo. Enquanto isto as outras aves formavam um bando, para baterem as suas asas rumo ao seu destino.

Realmente era uma grande viagem, que precisariam gastar muitos dias em todo o seu percurso. Enquanto isto o barco ia se deslizando sob as águas dos oceanos, e a ave continuava firme, pousada sobre o mastro que sustentavam as velas. Para se alimentar, a ave sempre escolhia à tardinha próximo ao escurecer, momento em que os tripulantes se recolhiam para o interior do barco. Então a ave descia num vôo rasante para apanhar algum alimento deixado cair por eles.

Depois de muitos dias de viagem, quando se encontrava a uma meia distancia, de onde se viria o ponto de chegada, a ave ficou bastante animada, juntou toda a sua energia, alçou o vôo para antecipar a sua chegada. Sentiu-se maravilhada com aquele lugar e muito mais feliz ao encontrar com as suas amigas. Neste momento houve muitas cordialidades e troca de gentilezas, muitas novidades, mas o cansaço e o tempo não lhes permitiam contar as suas experiências. Percebendo isto, combinaram que à tardinha iriam se encontrar numa grandiosa árvore perto dali, para contar em todos os detalhes da viagem.

Chegado o momento, as aves estavam reunidas, apenas uma ave, a mesma que teria viajado no barco é que havia chegado mais tarde e se sentia um pouco mais cansada do que as outras, mas fazia um grande esforço para se recuperar. Finalmente, quando todas estavam reunidas, ouviam-se os comentários: - Você viu aquelas nuvens de insetos, parece que agora eles estão muito mais ágeis mão é? A outra retrucou, - São ágeis, mas não o suficiente para fugirem dos nossos bicos. Uma outra ave disse, - Nossa desta vez viajamos bem próximo às nuvens, parece que quando voávamos um pouco mais abaixo a temperatura se tornava quase insuportável. Acho que está acontecendo grandes mudanças no clima, e estão interferindo na vida do planeta!

Diziam as outras aves: - Gostoso mesmo foi pegar aquela corrente de ar, poder abrir as nossas asas e deixarmos nos levar aos sabores dos ventos, em nossa direção.

– Mas, quando veio aquela tempestade, tivemos que lutar bastante, para não sermos arrastadas pelos fortes ventos, não estou acreditando no que aconteceu! Já imaginou o tamanho do susto que passamos?

- É isso mesmo pessoal e eu que não acreditava que podíamos chegar nesta viagem, agora estou me sentindo bem mais animada, toda poderosa e corajosa!

Num instante, houve uma grande pausa, um pouco de silêncio, era para lembrar as três colegas, que se aventuraram a voar numa área que se evidenciavam grandes riscos, elas foram além das suas possibilidades, se perderam em meio às nuvens a certa altura. Infelizmente não poderemos mais contar com as suas vidas em nosso meio.

Para quebrar o clima que estava começando ficar um pouco tenso, voltaram à atenção para a ave que teria viajado no barco a vela, e indagaram, - Então amiga, viajastes tranquilamente naquele maravilhoso barco famoso?

- Bom, foi! Mas, acho que estou um pouco arrependida, deveria ter avaliado um pouco mais, antes de ter partido naquele barco. Não pude compartilhar da alegria e as experiências destes ricos e importantes momentos vivenciados por vocês.

Na verdade passei por muitas privacidades, alimentava tão mal, apenas comia das migalhas que sobravam.

O curioso é que não havia muito animo naquele barco, mesmo me sentindo tão sozinha, não encontrava forças para abandoná-lo, poder voar livremente. Agora sim, é que estou realmente me sentindo feliz, por estar aqui juntamente com vocês.

Chegada a hora de voltarem para casa, após aquela temporada, as aves iniciaram o retorno todas juntas. No decorrer da viajem a ave que teria viajado no barco ia ficando cada vez mais distante dos outros pássaros, não porque queria se isolar, mas, como havia viajado no barco a vela não teria adquirido forças e resistência em suas asas o suficiente, para voar grandes distancias e ainda acompanhar o rítimo das outras aves.

Algumas de suas companheiras retardavam o vôo tentando anima-la em sua companhia, mas a ave se sentia cada vez mais cansada, no primeiro temporal infelizmente não pôde resistir. Mais uma ave que teria se perdido, por não ter realmente se preocupado em preparar-se para enfrentar os desafios daquela importante viagem.

Os pássaros que a acompanhavam tentaram-na a ajudar, ao perceber que nada mais podiam fazer, retornaram em seguida para o bando.

Durante a viagem ficavam observando lá do alto uma porção de pássaros alegres que pulavam de galho em galho e se molhavam nas fumaças que se formavam nas bonitas cachoeiras. Também viam pássaros que eram atraídos por armadilhas, outros já engaiolados que desprendiam um canto entristecido.

O bando ia seguindo a sua trajetória, batendo incessantemente as suas asas e encurtando as distancias para a chegada ao verdadeiro lar. Enquanto isto, os pássaros mais novos aprendiam com os pássaros mais velhos e experientes, as lições de sobrevivência, aprender a utilizar as asas para voar livremente, como enfrentar e livrar-se dos perigos, que se armam feitas bonitas e atrativas arapucas.

Joel Lima da Fonseca
Coluna - MG
Postado por JOEL LIMA DA FONSECA às 16:16 0 comentários Links para esta postagem
terça-feira, 13 de abril de 2010
Quando ouvirem falar de um guerreiro imbatível ,certique-se primeiramente se não o trata de um personagem de ficção. Quando houvirem falar de um heroi que se confunde entre o seu povo, este de fato é um grande e verdadeiro guerreiro.

Joel Lima
Coluna-MG

terça-feira, 13 de abril de 2010

Quando ouvirem falar de um guerreiro imbatível ,cerifique-se primeiramente se não o trata de um personagem de ficção. Quando houvirem falar de um heroi que se confunde entre o seu povo, este de fato é um grande e verdadeiro guerreiro.

Joel Lima
Coluna-MG

domingo, 4 de abril de 2010

A PÁSCOA

A páscoa tem um sentido amplo e muito profundo, poderíamos assim dizer à passagem da água para o vinho.

Para os hebreus é a comemoração da saída do Egito, o fim da escravidão . Para os cristãos é a comemoração da ressurreição de Cristo.

A páscoa em todos os seus sentidos celebra a libertação, trata-se da purificação do homem para que de fato possa viver a plenitude da vida.

Por que existe, então, a dor, o sofrimento e a tristeza?. Imaginemos um lar por onde se constrói a família, vamos imaginar uma casa bastante nova que a recebemos com paredes firmes e toda pintada de branco.

No decorrer dos anos a casa vai ficando amarela pelo tempo, vão surgindo alguns rabiscos e buracos , começam os incômodos com o telhado por causa de algumas goteiras que molham os móveis, estragam os papeis importantes. E todos os que moram nesta casa vão se acomodando, cada um tenta se defender à sua maneira.

O problema parece bastante pequeno quando comparado com a vida dos membros da família, por causa da falta de amor, compreensão e união.

A rua lhes causam maior sensação de prazer do que permanecer por algum tempo naquela casa, pois o ambiente se tornara insuportável.

Para resgatar a paz deverá existir os esforços de todos, cada um de acordo às suas possibilidades, unamos os pintores, carpinteiros,. pedreiros, jardineiros, façamos os mutirões, alegremos com a vida de cada um, com o momento de partilha, vamos dar as mãos, celebrar a paz e o perdão.

Então veremos à luz, e os céus estará mais perto de nós.

Joel Lima
Coluna-MG